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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Canela Pimenta








Lauraceae

Árvore de médio porte, com folhas finas que lembram uma pimenta do tipo dedo-de-moça, talvêz dai o nome de canela pimenta; a folha quase não tem cheiro marcante e a madeira também.
A floração vai de abril até o inicio de julho (regiao sul) e os frutos de junho à agosto; sao verdes e depois de maduros tem uma cor muito parecida com a canela de cheiro, ou seja, roxo bem escuro, quase preto. Todos os pássaros apreciam estas sementes de sábia até aracuam.
A madeira também é muito boa, resistente e de fácil manejo, porém por ter um tronco irregular e não muito alto, a madeira não foi muito explorada.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Canela Sebo

Família Lauraceae
Nomes populares - guaicá, canela-guaicá, canela-sêbo, canela-parda, canela-de-corvo, canela-pimenta

Sinonímia botánica - Gymnobalanus perseoides Meissn., Laurus crassifolia Poir., Ocotea maximilanea Mart., Oreodaphne warmingii Meissn., Persea marginala Bartl., Strychnodaphne puberula Reich.

Características morfológicas - Altura de 15-25 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Folhas subcoriáceas. glabras. de 10-12 cm de comprimento por 3-4 cm de largura.
Ocorrência - Rio de Janeiro. Minas Gerais, Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, em quase todas as formações florestais.
Madeira - Leve (densidade 0.45 g/cm³), mole, grã direita a irregular, difícil de aplainar e lixar, baixa resistência mecânica, moderadamente resistente ao apodrecimento e ao ataque de organismos xilófagos, com alburno e cerne Indistintos.
Utilidade - A madeira pode ser usada na construção civil leve, construções internas, para forros, carrocerias, marcenaria, móveis simples e caixotaria. A árvore pode ser empregada na arborização de ruas. Como espécie pioneira e produtora de grande quantidade de frutos muito apreciados por pássaros, não deve faltar nos plantios mistos de áreas degradadas de preservação permanente.
Informações ecológicas - Planta semidecídua. heliófita, indiferente às condições físicas do solo, e uma das plantas pioneiras mais comuns do planalto meridional. Invade capoeiras e capoelrões, chegando a dominar um determinado estágio da sucessão secundária. Ocorre também em clareiras de matas e matas abertas. É rara no interior da floresta primária densa. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, amplamente disseminada por pássaros.
Fenología - Floresce durante os meses de julho-agosto. Os frutos amadurecem no período novembro-dezembro.
Obtenção de sementes - Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida deixá-los secar à sombra para reduzir a umidade da polpa. Não há necessidade de despolpá-los, utilizando-se os frutos inteiros para semeadura como se fossem sementes. Um quilograma de frutos assim preparados contém aproximadamente 3.000 unidades. A viabilidade de suas sementes quando armazenada em câmara fria chega a 6 meses. Produção de mudas - Colocar os frutos para germinar, logo que colhidos, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso. cobhndo-os com uma leve camada do substrato peneirado. A emergência é bastante irregular, iniciando-se no 20°. dia e prolongando-se ate 5 meses. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando alcançarem 4-6 cm, as quais ficam prontas para plantio no locai definitivo em 5-7 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, alcançando facilmente 3,5 m aos 2 anos.

Canela Burra




























Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez: nomes populares: canela, canela-bosta, canela-corvo, canela-de-corvo, canela-fedida, canela-fedorenta, canela-preta, canela-puante, canelão-preto, canelinha-de-folha-mole, canela-prego. Espécie de cerrado e cerradão, floresta estacional semidecidual, floresta ciliar e de várzea, rara na floresta ombrófila densa montana. Ocorre na Bahia e Goiás até Santa Catarina. Floresce de outubro a janeiro, com flores também observadas em agosto; frutifica em maio e junho. Usos: apreciada por pássaros frugívoros. Madeira empregada na construção civil, principalmente para uso interno.
Nota do blogueiro: Apesar das indicaçoes de uso da madeira por várias literaturas, aconselho a não usar a madeira para a fabricaçao de moveis, pois a não ser que vc use a madeira seca a mais de 30 anos, do contrario irá sempre sentir o odor desagradável.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Canela da India/ canela de cheiro








A canela é uma árvore originária do Ceilão, da Birmânia e da Índia e conhecida há mais de 2500 anos a.C. pelos chineses. Seu nome científico, "cinnamomum", segundo referências, é derivado da palavra indonésia "kayu manis", que significa "madeira doce". Mais tarde, recebeu o nome hebreu "quinnamon", que evoluiu para o grego "kinnamon".
A canela era a especiaria mais procurada na Europa e seu comércio era muito lucrativo. O monopólio do comércio da canela esteve nas mãos dos portugueses no século XVI, passou para os holandeses, com a Companhia das Índias Orientais, quando esses expulsaram em 1656 os portugueses do Ceilão, e depois, passou para as mãos dos ingleses, a partir de 1796, quando esses ocuparam essa ilha.
As canelas são algumas das espécies mais antigas conhecidas pela humanidade. A mais difundida é a Cinnamomum zeylanicum, originária do Ceilão, atual Sri Lanka. Outras, entretanto, como a Cássia (Cinnamomum cassia), chamada de falsa-canela e conhecida como canela-da-China, também têm importância econômica. Esta espécie é uma Laurácea arbórea muito cultivada nas províncias do sudoeste da China. As partes mais úteis das canelas são o córtex dessecado e o óleo. O óleo é obtido das folhas por destilação, por arraste a vapor. Seu principal constituinte é o aldeído cinâmico, cujo teor pode ser superior a 80%.
Considerada símbolo da sabedoria, a canela foi usada na Antigüidade pelos gregos, romanos e hebreus para aromatizar o vinho e com fins religiosos na Índia e na China. Entre as muitas histórias da canela, conta-se que o imperador Nero depois de matar com um pontapé sua esposa Popea, tomado de remorsos ordenou a construção de uma enorme pira para cremá-la. Nessa pira foi queimada uma quantidade de canela suficiente para o consumo, durante 1 ano, de toda a cidade de Roma! Mesmo sem a importância que teve no passado e não sendo mais motivo de lutas entre os povos, a canela continua indispensável, como tempero na culinária moderna.
A Cinnamomum zeylanicum cresce bem em solo brasileiro, onde já foi bem cultivada no passado, tendo sido introduzida pelos jesuítas. A canela é mencionada até em passagens bíblicas. No Livro dos Provérbios da Sagrada Escritura, por muitos atribuído a Salomão, no versículo "As Seduções da Adúltera", é feita a seguinte referência à canela:
"Adornei a minha cama com cobertas, com colchas bordadas de linho do Egipto.
Perfumei o meu leito com mirra, alóes e cinamomo ...
Vem ! Embriaguemo-nos de amor até ao amanhecer,
Porque o meu marido não está em casa;
Que o teu coração não se deixe arrastar pelos caminhos dessa mulher,
A sua casa é o caminho para a sepultura,
Que conduz à mansão da morte".
Simbolicamente, a canela é uma especiaria ligada ao amor, sendo empregada muitas vezes como ingrediente para perfumes mágicos e poções para conquistar a pessoa amada. Há quem acredite que ela atrai o sucesso nos negócios, trazendo sorte e determinação para a resolução de problemas.
Ficha da planta
Família: Lauráceas
Origem: Ceilão, Birmânia, Índia
Outros nomes populares: caneleira, caneleira-da-índia, caneleira-de-ceilão, cinamomo e pau-canela.
Outros Idiomas: cinnamomi (latim), cinnamon (inglês), canela (espanhol), cannelle (francês), cannella (italiano) e zimt (alemão).
Características: A caneleira é uma árvore que requer cerca de 1.300 mm de chuva por ano e temperatura média anual de superior a 21° C. A casca dos ramos é comercializada em rama (pau), raspas e pó. A caneleira é utilizada na culinária e na fabricação de bebidas, medicamentos, perfumes e sabonetes. Outras espécies do gênero Cinnamomum e Cassia também produzem canela. A canela é uma árvore de ciclo perene e que atinge até 8 a 9 metros de altura. O tronco alcança cerca de 35 centímetros de diâmetro.
As folhas são coriáceas, lanceoladas, com nervuras na base, brilhantes e lisas na parte superior e verde-claras e finamente reticuladas na parte inferior. As flores são de coloração amarela ou esverdeada, numerosas e bem pequenas, agrupadas em cachos ramificados.
Composição Química: acetato de eugenol, ácido cinâmico, açúcares, aldeído benzênico, aldeído cinâmico, aldeído cumínico, benzonato de benzil, cimeno, cineol, elegeno, eugenol, felandreno, furol, goma, linalol, metilacetona, mucilagem, oxalato de cálcio, pineno, resina, sacarose, tanino e vanilina. Partes Usadas: Óleo essencial e casca desidratada.
Propriedades Medicinais: Adstringente, afrodisíaca, anti-séptica, aperiente, aromática, carminativa, digestiva, estimulante, hipertensora, sedativa, tônica e vasodilatadora.
Cultivo e Conservação

Clima indicado: quente, com temperatura constante e chuvoso.
Exposição solar: Plena
Propagação e formação de mudas: a multiplicação é feita por meio de sementes, originárias de plantas produtivas, vigorosas e sadias. A semeadura é direta em saquinhos de polietileno após a retirada da polpa, a 1 cm de profundidade, preenchidos com terra de boa qualidade.
Solo indicado: textura arenosa, leve e bem drenado.
Espaçamento: 3,5 x 2,5m ;3 x 3m ou 2,5 x 2m ou mais adensado, de acordo com o manejo a ser utilizado. As covas são de 40 x 40 x40 cm, abertas e adubadas 30 a 60 dias antes do plantio. Adubação: esterco de animal curtido, húmus ou matéria orgânica, incorporados a 60 centímetros de profundidade.
Necessidade de água: Elevada
Proteção contra o sol: a planta necessita de proteção contra os raios solares nos primeiros meses após o plantio, o que pode ser feito com folhas de palmeiras ou outro material disponível.
Colheita da Casca: 5 anos após o plantio, quando ela naturalmente se solta do tronco (geralmente no outono).
Secagem da casca: primeiramente em local sombreado e bem ventilado por 4 a 5 dias; em seguida é exposta ao sol, não muito intenso.
Armazenamento: em recipientes de vidro bem limpos e fechados.

Usos:
Culinária: para condimentar presunto e alguns tipos de carne, no preparo de doces, pães doces, arroz-doce, bolos, tortas de frutas, cremes para pastéis e panquecas doces, frutas condimentadas, compotas, pudins e bebidas quentes como o chocolate e o café.
Cosmética: para dar brilho nos cabelos; usada em pastas dentais e óleos bronzeadores.
Saúde: Contra gases abdominais, úlceras estomacais causadas por stress, hipertensão arterial, resfriados e dores abdominais.
Contra-Indicações: gestantes.
Efeitos Colaterais: irritações na pele.
Fontes de pesquisa: Angelo C. Pinto - Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro e livro "Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais".

Canela Sassafrás






A canela-sassafrás

Ocotea odorifera (Vellozo)
Rohwer é uma espécie da flora brasileira com grande
importância econômica devido as suas propriedades
medicinais. Na constituição química do seu óleo
essencial, tem-se principalmente o safrol, um
poderoso antisséptico, fungicida e repelente de
insetos. Dependendo do local de plantio, seu óleo
pode apresentar como composto majoritário o metileugenol1.

A árvore possue uma espécie preta e outra amarela, ambas possuem o mesmo odor agradável, diferenciando-se a amarela da preta por ter um odor mais cítrico mas quanto a arvore em si quase não existe diferença marcante; a madeira depois de seca também não apresenta diferença a não ser pela cor que as destingue.
Outra caracteristica marcante é a forma ovalada ou arredondada que a casca se desprende durante o processo de crescimento, diferente das demais arvores.(ver detalhe na foto)

Canela fogo







Família: Lauraceae

Nome científico: Cryptocarya aschersoniana

Nomes Populares: Canela-fogo, canela-pururuca, canela-batalha, canela-nhutinga, canela-de-porco

Descrição Morfológica:
Árvore de 15 a 25 m de altura, com tronco levemente tortuoso, curto e nodoso. Suas folhas são simples, alternas, subcoriáceas e glabras, com 5 a 10 cm de comprimento e 3 a 5 cm de largura. Tanto as folhas quanto a casca interna (lenho vivo) apresentam odor agradável e característico.
Flores e Frutos:
As flores são branco-amareladas e pequenas. Os frutos são globosos e amarelos. A floração ocorre entre agosto e outubro. Os frutos amadurecem entre fevereiro e abril.
Características Ecológicas:
Secundária tardia, perenifólia e heliófila. Prefere solos úmidos. É bastante comum na Floresta Ombrófila Densa de encosta e nos estratos intermediários da Floresta Ombrófila Mista. Apresenta dispersão descontínua. Seus frutos são apreciados pela fauna silvestre.
Ocorrência Natural:
De Minas Gerais ao Rio Grande do Sul. No Paraná ocorre na Floresta Ombrófila Densa, na Floresta Ombrófila Mista e mais raramente na Floresta Estacional Semidecidual.
Usos:
É uma árvore que proporciona ótima sombra, sendo recomendada para arborização urbana e rural. Os frutos são consumidos por várias espécies de animais. A madeira pode ser empregada em acabamentos internos, laminados, caixotaria, molduras, vigamentos, moirões, forros, ripas e roda-pés.
Aspectos de Cultivo:
As sementes têm baixa viabilidade em armazenamento, não ultrapassando dois meses. A germinação pode ocorrer entre 30 e 70 dias após a semeadura, prosseguindo de forma bastante irregular por vários meses. Apresenta poder germinativo geralmente baixo ou moderado. As mudas podem ser plantadas no campo após cerca de 7 meses e seu desenvolvimento geralmente é lento.
Bibliografia de apoio:
“Árvores Brasileiras, Vol.1” (LORENZI, 1992).
Grupos:
Floresta Atlântica (Floresta Ombrófila Densa)
Floresta com Araucária (Floresta Ombrófila Mista)
Floresta Seca do Rio Paraná (Floresta Estacional Semidecidual)
Secundárias


Nota do blogueiro: O nome "fogo", acredito ter se originado pelo fato de que ao cortar a madeira, a serra que era de aço comum, era possível observar algumas faíscas oriundas do atrito da serra com a madeira, que possui uma característica incomum, pois na composição de sua madeira existe uma espécie de areia. E como antigamente não existia a serra vídea, que é mais resistente, ocorria este fenômeno, que deve ter originado o nome.

Canela Preta













A Canela-preta (Ocotea catharinensis Mez.;Lauraceae) é uma espécie da flora brasileira ameaçada de extinção do ecossistema daMata Atlantica, segundo o Ibama.
De acordo com Reitz et al (1978), em Santa Catarina, a canela-preta chega a representar até um terço do volume em madeira em matas primárias na floresta pluvial atlântica. Devido à qualidade de sua madeira e ao amplo uso para que se presta, em Santa Catarina esta foi severamente explorada. Nos pisos das casas construídas na primeira metade do século XX, nas vertentes litorâneas do Estado de Santa Catarina, é comum encontrarmos a dobradinha canela-preta/peroba, dando aspecto listrado aos assoalhos com tons tendendo ao amarelo/negro para a peroba e canela respectivamente. De acordo com Klein (1978-1980), na bacia do Rio Itajaí-Açu, a canela-preta formaria, junto com a laranjeira-do-mato (Sloanea guianensis) e peroba-vermelha (Aspidosperma olivaceum), as espécies dominantes do estrato superior da floresta pluvial atlântica. Irgang & Backes (2004) atribuem à sua casca propriedades medicinais. Estima-se que plantas com diâmetros de aproximadamente um metro possam alcançar idades superiores a 300 anos, uma vez que esta espécie tem crescimento muito lento na mata. Para seu reconhecimento na mata, Reitz et al (1978) salientam a observação de placas descamantes que deixam concavidades no tronco quando destacadas, juntamente com a presença de lenticelas, que apresentam-se como pequenas protuberâncias (semelhantes a verrugas) de distribuição mais ou menos homogênea na casca. A casca possui cheiro agradável e resinoso.